A saúde mental tem sido cada vez mais estudada nos meios de comunicação e de pesquisas acadêmicas. O reconhecimento dos impactos da saúde psíquica sobre todo o organismo e a vida das pessoas tem motivado investigações sobre o que causa cada transtorno e quais os tratamentos adequados para cada um deles.

A depressão é um dos problemas de saúde mental que mais tem sido debatido, já que tem afetado cada vez mais pessoas, de diferentes faixas etárias, em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019 apontam que 5,8% da população brasileira tem depressão. Oque representa a maior taxa da América Latina, e a segunda maior do continente americano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. 

Sobre o futuro, as estimativas tampouco são animadoras: a OMS prevê que por volta de 20% dos brasileiros já possui ou terá depressão, o que a torna a doença psiquiátrica mais prevalente no país.

Isto explica por que a ciência, especialmente as áreas da medicina e da psicologia, têm se empenhado tanto em investigar sobre a depressão, a fim de garantir diagnósticos precisos e tratamentos adequados e eficientes. 

Um exemplo disto é a cetamina, medicamento anestésico que tem sido investigado por cientistas em função de seus efeitos benéficos contra a depressão resistente – que acontece quando os pacientes não respondem aos tratamentos convencionais.

O que é a cetamina?

Em setembro de 2018, a empresa farmacêutica Janssen solicitou à agência reguladora de remédios e alimentos dos Estados Unidos (FDA) o registro de um novo uso para a cetamina – medicamento conhecido e utilizadohá algumas décadas pela medicina, como a substância ativa de um tipo de anestésico, e que agora está sendo utilizada em casos de depressão resistente, com bons resultados.

Nos últimos 20 anos, cresceram os estudos que investigam como a cetamina pode ser utilizada em tratamentos contra a depressão. A maioria destes estudos sugerem que a cetamina tem ação antidepressiva rápida e potente, quando é ministrada em doses baixas. 

Uma única dose injetada na forma venosa, muscular ou subcutânea pode reduzir alguns dos sintomas típicos da depressão – como tristeza profunda, desesperança, desmotivação e inclusive pensamentos suicidas. Outra vantagem da cetamina é que ela reduz a percepção da dor, sem alterar o funcionamento dos órgãos vitais.

Um dos desafios do tratamento da depressão é que mesmo ingerindo os antidepressivos disponíveis no mercado, metade das pessoas diagnosticadas e tratadas não apresentam melhoras significativas. Por isso, a adoção da cetamina, contra a depressão resistente, tem sido considerada por especialistas uma verdadeira revolução na área da saúde mental.

A cetamina tem efeitos colaterais?

Como grande parte das medicações, a cetamina precisa ser receitada e ministrada por profissionais médicos, em doses adequadas ao biotipo e ao histórico da saúde de cada paciente. Este medicamento é classificado como psicodélico, classe de substâncias capazes de provocar alucinações.

Quando ministrada em doses inapropriadas, a cetamina pode provocar efeitos colaterais como enjoo e dissociação, quando há a percepção alterada do ambiente ao redor, sem que a pessoa perca a noção da realidade. Em alguns poucos casos, também pode ocorrer a aceleração dos batimentos cardíacos.

No Brasil, a cetamina já é administrada em algumas clínicas e hospitais. Uma delas é o Instituto de Psiquiatria Paulista, que possui o Instituto de Infusões Paulista – Centro de Cetamina, especialmente voltado para a aplicação profissional deste medicamento. 

Se você sofre de depressão há alguns anos e sente que os antidepressivos receitados pelo seu psiquiatra não fazem mais efeito, agende uma avaliação conosco e veja a possibilidade de ter a cetamina como sua nova aliada contra esta doença.

Para saber mais, acesse www.psiquiatriapaulista.com.br/cetamina/

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